Começo o relato de hoje com o outro lado da história do Arculano, que há 18 anos faz hemodiálise, conforme contei na semana passada.
Arculano chegou a fazer transplante renal logo depois do primeiro ano de hemo. Infelizmente, o problema de não ter dado certo foi um dos maiores entre pacientes nessas condições – o alcoolismo.
Ao questioná-lo sobre porque ele não me contou sobre o transplante quando conversamos, respondeu que era uma história tão antiga, que ele tinha esquecido.
Ele disse que se cuidou, mas teve rejeição. E omitiu o problema da bebida, que fiquei sabendo por uma enfermeira.
Algumas pessoas não seguram a onda. Se álcool em excesso já é um problema para qualquer um, imagine para um transplantado.
A recomendação médica é ter uma dieta equilibrada e uma vida mais saudável possível.
Acredito que hoje Arculano não beba mais. Pelo menos ele não tem aparência. E voltou a dizer que tem esperança de um novo transplante.
Os primeiros tempos devem ter sido muito difíceis mesmo para ele. Tempo que ele já esqueceu e, com certeza, hoje é uma outra pessoa!