Luiz Carlos recebe alta da hemodiá

Na porta da clínica da hemodiálise um paciente me recebe com um baita sorriso. É o Luiz Carlos, de 50 e poucos anos, segurando um travesseiro com flores coloridas. Ele dialisa no mesmo horário que eu, só que desta vez estava indo embora, ao invés de começar a sessão.

Passou pelo médico antes, que também é o meu nefrologista e simplesmente foi dispensado. Os rins voltaram a funcionar!!!

Há 6 anos ele fez as primeiras sessões e os rins também retomaram a atividade de filtrar o sangue. Voltou para casa feliz da vida até que, no fim do ano passado, teve um problema nos joelhos e o ortopedista receitou o quê??? Antiinflamatório.

De novo ele, o antiinflamatório, o terror dos rins.

Resultado? A dor dos joelhos passou, mas os rins pifaram. Voltou para a terapia renal substitutiva.

E, hoje, recebeu a notícia de que não precisa fazer nenhuma sessão até a próxima semana, quando ficam prontos os novos exames.

Tomara que a função renal continue boa para ele não precisar viajar mais 70 km, 3 vezes por semana, e fique no sossego do lar e com a rotina de trabalho no posto de gasolina.

Outra ótima notícia é a do Edisom, que transplantou há 2 meses e está tendo uma excelente recuperação. Já contei a história dele aqui. Quando ele tem retorno no médico, aproveita para visitar os ex-colegas de hemodiálise.

“Minha recuperaçāo está sendo surpreendente”.

E tem bons motivos para comemorar. Teve alta do hospital depois de 12 dias – normalmente as pessoas ficam mais tempo. E num cruzamento de informações ficou sabendo que o rim do doador era 100% compatível.

Milagre ou as mãos de Deus?

O que importa é que ele voltou a ter o brilho nos olhos e está bem feliz com a rotina de volta à vida.