O início da hemodiálise é o momento de maior tensão. É a hora das duas picadas com agulhas nada finas.
A mangueirinha mais escura, chamada de linha (foto) é o sangue da veia arterial, que sai para ser filtrado e voltar pela outra mangueirinha, da veia venosa, que na foto ainda está começando a seguir o caminho de retorno para o corpo, por isso está mais clara.
Nessa condição é preciso encarar o medo de sangue. O ambiente está “enfeitado” de linhas vermelhas.
Um dos meus vizinhos é o Sebastião, funcionário público aposentado, 73 anos. Há 3 anos ele faz hemodiálise. Perdeu os rins por causa da pressão alta.
A pressão começou a subir há 20 anos, quando ele tinha 53. Os médicos nunca pediram exames da função renal. Ele só descobriu o problema há 7 anos, quando começou a tratar, mas não teve como reverter a saúde dos rins.
Por causa da idade, disse que não vai entrar na fila do transplante.
Por enquanto, Sebastião tem vida independente – vem e volta dirigindo.
Se ele tivesse feito exames preventivos 10 anos antes, não estaria nessa situação.
Fica o alerta sobre a pressão alta, a grande vilã dos rins.