O que leva um cadeirante a achar que é o dono da rua e andar na contramão?
Foi um susto que levei hoje, vindo do trabalho para a hemodiálise, em plena rua Visconde de Inhaúma, no Centro de Ribeirão. Ele estava no meio da rua e podia ter sido atropelado.
Está certo que o trânsito estava bem tranquilo por causa do feriado. As lojas fechadas e funcionando apenas os plantões de alguns serviços, como as farmácias. Mas o cara não precisava exagerar e se jogar no trânsito dessa forma.
No Dia do Trabalho já trabalhei. O telejornal não para. E nem o serviço de terapia renal. Todos a postos para a primeira sessão da semana e do mês de maio.
Hoje foi a troca do meu filtro, que, agora, além do nome, tem também a foto do paciente.
A primeira coisa que fazemos ao chegar é confirmar o nome no tal capilar, que filtra o sangue.
A história de hoje é a do cabeleireiro Hermínio, de 48 anos, já sentado na sua poltrona e chupando tranquilamente um pirulito. Interrompi esse momento de doçura para saber por que o transplante dele não deu certo.
Ele viveu durante 8 anos com o rim do irmão, mas uma infecçāo de dente o trouxe de volta para a hemodiálise, há quase 4 anos.
Herminio teve que tomar muito antibiótico e isso mexeu com a função renal. Precisou fazer uma biópsia no rim transplantado e isso também alterou o funcionamento do novo órgão.
Ainda não entrou na fila para fazer um novo transplante, mas aconselha todos a entrarem. Fala a voz de quem passou pela experiência e foi muito feliz enquanto durou.
Ah! Esse é mais um caso de perda dos rins por causa da pressão alta.
Herminio tinha 30 e poucos anos quando isso aconteceu.
E você, já mediu a sua pressāo hoje?