Transplante pode não ser a salvação

Quem pensa que o transplante de rim é a salvação para os doentes renais crônicos está muito enganado.

É o sonho da grande maioria dos pacientes em hemodiálise. Mas ,depois do transplante, que é uma questão de sorte (para encontrar um rim compatível), a sorte precisa continuar ao lado para garantir o sucesso do procedimento.

Claudemir fez o transplante depois de um ano e meio na fila e, um ano e pouco depois, teve dengue e perdeu o rim transplantado.

Uma baita falta de sorte depois de conseguir um orgão compatível, que durou pouco tempo.
Aos 31 anos , Claudemir descobriu que tinha perdido os dois rins por causa do uso incontrolável de antiinflamatórios. Qualquer probleminha de saúde, ele se automedicava.

Era coletor de lixo e precisou ser afastado do trabalho. Vive com 3 irmãos que o ajudam no dia a dia.

E precisa de muita ajuda mesmo, pois já perdeu 6 fítulas e, atualmente, dialisa pela coxa. Ele disse que o fato de fazer o procedimento na perna não incomoda e nem interfere no caminhar.

Claudemir não tem nenhum rim. Quando fez o transplante, precisou retirar os dois órgãos, que estavam atrofiados e pareciam um grão de feijão.

Depois extraiu o rim transplantado, porque ele infeccionou durante o tratamento contra a dengue.

Vai entrar na fila novamente e não perde a esperança de encontrar um novo rim e ter mais sucesso no segundo transplante. Afinal, tem um filho de 7 anos que mora com a ex-mulher e espera estar mais forte para vê-lo crescer.

Imaginar a vida pós transplante é se preparar desde já para as ocorrências que são susceptíveis ao organismo e mentalizar para atrair a melhor energia do universo. Quem sabe o brilho das estrelas ajude.

Namastê.